Psicólogo Natal, RN

Fone: (84) 3034-9698
  • HOME
  • CARLOS VIEIRA
  • SERVIÇOS
    • Psicoterapia
    • Terapia de Casal
    • Laudos psicológicos
    • Orientação a pais e professores
    • Plantão psicológico
    • Palestras
  • ESCRITOS
    • ARTIGOS AUTORAIS
    • ESPAÇO DE CITAÇÕES
    • MATÉRIAS COMENTADAS
  • AGENDE SUA CONSULTA
  • Home
  • News
  • Artigos Autorais
  • Sobre (con)viver nos dias atuais
 
29/07/2018 / Publicado em Artigos Autorais

Sobre (con)viver nos dias atuais

Não é tão incomum quanto pode fazer parecer à primeira vista, verificarmos associadas determinadas coisas a um campo particular, ou mesmo único de registros estritos de significação.  Ao se falar em nutrição, por exemplo, em larga medida de forma imediata, vê-se remeter muito propriamente a aspectos de alimentação, elaborações de dietas, estudos sobre as propriedades de determinados alimentos, ou à profissão, propriamente, do profissional nutricionista, de maneira que, é o que ora está sendo posto em questão, tal palavra pode entrar de forma autêntica em outros campos de registros, sem de longe sequer, perder o seu sentido, o seu lugar original, do ponto de vista do que isto quer dizer, do que isso enfim significa.

Nesse caso, a palavra “nutrição” pode ser remetida, salvaguardada à plenitude de sua extensão semântica, a um contexto de uma relação afetivo-amorosa entre pares, qual seja o fundamento da manutenção de uma relação digna aos dois: sua (boa) nutrição. Nutrir é alimentar – em cujo ato subjaz, inequivocamente, alimentar a própria vida. As pessoas não são alimentáveis apenas pela via dos mantimentos, pois ninguém é apenas organismo (o próprio corpo, diga-se, se alimenta em grande medida de coisas que não se põem em pratos). O amor é o alimento fundante da experiência de ser humano. Fora do campo do amor, estaríamos a falar de desertos, vazios e do nada como marcas de uma determinada experiência subjetiva, no processo de construção de ser quem se é, enquanto sujeito de desejo, tende neste o elemento balizador e, portanto, fundamental das identificações de um sujeito no transcurso de sua existência.

Alguém que venha a ser reconhecidamente analfabeto, é alguém para quem a oportunidade de aprender em um nível básico sobre o seu vernáculo não se fizera cumprir, de maneira que, se está a tratar de uma espécie de inanição de informações/conhecimento, por parte de alguém, nesta seara. O analfabetismo e a inanição são males radicais.

Nos dias que correm, vê-se o analfabetismo estendido na tessitura social, de diversas formas. Pessoas que são, por vezes, amplamente desconhecedoras de si, do outro, e da vida, em si mesma. Desde os primórdios da humanidade, pessoas testificam em seu cotidiano a marca diferencial de uma vida experimentada a partir do conhecimento. A história do homem é a história da necessidade de construção de conhecimento para a vida individual e social, e dos efeitos deste quando já adquirido e aplicado à vida.

No tocante a princípios de convivialidade, por exemplo, tão precariamente estabelecidos no mundo contemporâneo, estamos diante de um cenário que, incontáveis vezes, abre uma deflagração de um estado cujo diagnóstico remete, de forma inescapável, a uma profunda miserabilidade da condição humana, tal como manifesta nos dias que ora vivemos.

Se o conhecimento lança luzes, é por escuridão que podemos nos referir ao mundo humano no presente tempo. Tal escuridão encontra as suas estruturas de pilares na ignorância, que abre caminhos para um processo de deformação/má formação de concepções sobre coisas de primeiríssima relevância para o viver, e o seu aspecto, tão presente, de conviver. Daí se preconcebe (ou mal concebe), se prejulga (ou mal julga), posto que o princípio da condição de ver estaria prejudicado desde a partida, obstaculizando a passagem de luz, condição de ordenação à existência, a reboque da falta de respeito à liberdade, discernimento sobre o princípio das diferenças entre semelhantes, e a trava da intolerância como mal que se desdobra em ramificação.

Se é difícil ao homem definir, colocando em palavras, o que é o amor, proponho, portanto, uma modificação do mandamento bíblico “amai o próximo como a ti mesmo”, para “respeitai o próximo como a ti mesmo”, qual seja a via mínima para uma convivialidade nutrida em um nível praticamente suficiente, distanciando de nós a vergonha de um analfabetismo no que diz respeito à maneira de se conduzir nas mais variadas relações interpessoais.

Leia mais nesta categoria

A violência no mapa do Brasil: uma travessia que desafia o país
A psicologia e os nossos dias
O que é uma crise?

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

dois × 2 =

PESQUISAR

MAIS RECENTES

  • Pandemia: qual a saída?

    O que viralizou desta vez, não foi um texto, um...
  • “Há muitas pessoas com doenças mentais que não se tratam porque têm vergonha”

    Nos últimos anos, diminuiu muito o número de ca...
  • A violência no mapa do Brasil: uma travessia que desafia o país

    O destino não vem do exterior para o homem, ele...
  • Brasil é o país mais depressivo da América Latina, diz OMS

    Índices de transtornos de ansiedade são o tripl...
  • Aumento de transtornos mentais entre jovens preocupa universidades

    Casos frequentes de alunos com ansiedade e depr...

TAGS

Concebo a clínica como lugar de vivificação da existência humana. Aqueles que se dão à oportunidade para esse importante passo, motivados a partir da presença de um sinto-ma, cuja razão de ser pode não estar revelada a priori, podem vir a encontrar, no seio da experiência por nós proposta, novas razões de ser para si próprio e, portanto, para um fazer mais interessante e pleno com a própria vida.

>> Leia mais

LOCALIZAÇÃO

INFORMAÇÕES DE CONTATO

FONE: (84) 3034-9698

Av. Rui Barbosa, 1868 - HC Plaza (vizinho ao Hospital do Coração) - Lagoa Nova, Natal/RN

SUBIR